A Vaca Louca e Seu Badalo
A Louca Vida no Campo
     setembro 30, 2004

Provérbios Bucólicos 

 

Tem conotações machistas?

"Boi amarrado também pasta..."

plantado por Badalo @ 13:56 |

   
     setembro 28, 2004

Os Pastores e O Rebanho 

 

Se sofre de problemas cardio-vasculares, não leia este artigo. Se sofre de tonturas, náuseas diversas, ou qualquer tipo de perturbação psíquica evidente, não leia este artigo. Mas se é totalmente ateu/ateia - atenção, não confundir com agnóstico(a) - este artigo é para si.

Porco feliz, ovelhas apáticas

Há uns tempos fomos abordados por uns senhores que vestiam umas fatiotas estranhas, sorriam muito e falavam alto. Marcaram uma reunião e aí nos explicaram o que pretendiam de nós. Depois de nos passarem um bom bocado de graxa lá se descoseram: que a vida está difícil para todos e que vão fundar uma nova corrente religiosa, uma igreja, portanto, que irá contribuir em larga escala para o bem-estar dos pastores e respectivo rebanho. Mas talvez mais dos pastores. Enfim. Encarregaram-nos, pois, de construirmos os princípios doutrinais da emergente igreja. Especificaram que não pretendem nada de muito elaborado, pois não têm muito tempo para estudar. Pretendem atingir sobretudo a fatia de mercado constituída pelos ateus, ou seja, os que pura e simplesmente negam qualquer conceito de entidade divina, considerada base fundamental da credulidade (eles disseram "fé" mas depois desataram a rir...). Adiantaram ainda que assim que tivessem meia dúzia de paróquias a colectar as dízimas depois logo combinávamos como aprofundar a doutrina. O essencial era terem algo original para arrancar.

Segue-se um excerto do texto que a nossa Redacção elaborou e que alicerça a doutrina encomendada:

«Nascemos, vivemos e morremos. Nada de mais simples. Na mais arrojada das hipóteses Darwin tinha razão e todos descendemos da lava. É assim que pensamos habitualmente e apesar de tudo a vida está cara e precisamos de ajuda. E há ajuda? Não há mais nada para além dos nossos corpos em decomposição? Ora muito se discute a existência de Deus, mas nesta fase da vida esse problema já deveria estar resolvido. A quem ainda duvida, sinta-se esmagado pela criação divina. Há coisas que não se conseguem explicar a não ser através d'Ele e negá-lo é um disparate do qual iremos salvar os ímpios. É. Podemos perceber por que é que se deixarmos uma fatia de pão numa torradeira acesa daí a um bocado temos carvão, mas tente-se lá perceber por que cargas d'água o canal urinário se desenvolve em espiral de molde ao fluxo respectivo sair enrolado (direccionável para um receptáculo higiénico, portanto) se tudo isto não tivesse sido arquitectado por um ente Superior... Os dias da Revelação chegaram! E do Arrependimento! Preencha o formulário para proceder ao desconto mensal automático dos 10% que lhe trarão uma vida harmoniosa e cheia de facilidades, directamente proporcionadas pelo Arquitecto ele-mesmo.»

plantado por Badalo @ 13:57 |

   
     setembro 23, 2004

Quase Sem Comentários 

 

Um disfarce ou o alastramento do vírus?

Oito meses depois, chega o post n.º 200, e, com ele, a décima milésima visita. Agora vou ali montar o bufete. TLÓING!

plantado por Badalo @ 13:50 |

   
     setembro 20, 2004

Manada 

 

A Arte na sua Pura Expressão

plantado por Badalo @ 21:50 |

   
     setembro 19, 2004

Para Os Mais Cépticos 

 

Galáxias Espirais NGC 2207 e IC 2163, pelo telescópio Hubble

Por vezes ponho-me a pensar que já por demasiadas vezes ouvi alguém afastar liminarmente a possibilidade de não estarmos sós no Universo. Não faria sentido, enfim. Talvez seja fruto de uma interpretação literal das Escrituras, que nos falam, por exemplo, de um Adão e de uma Eva, que nasceu de uma costela daquele. Talvez seja apenas uma questão de conforto, por um lado porque afasta potenciais ameaças da nossa existência física, espacio-temporal, e por outro porque nos escusa a reformular toda a interpretação daqueles textos sagrados. Ou pura e simplesmente por ser mais esperto nos mostrarmos mais seguros por menor seja a nossa credulidade. E, eventualmente, pelas histórias e "factos" apresentados ao longo da nossa História de visitas de seres extra-terrestres se revestirem de uma aura de logro e aproveitamento dessa mesma credulidade.
É, portanto, aos mais cépticos que venho hoje propor um desafio. Para os que não conhecem, eis a Equação de Drake. É interessante, de simples utilização, e pareceu-nos ser rigorosa o suficiente para colocar uma questão pertinente a quem tem tantas certezas. E lembro só que me parece fácil demais ter muitas certezas sobre algo que não se conhece bem, ou de todo.
A Equação de Drake, grosso modo, pretende alertar para as possibilidades efectiva e realmente observáveis pela ciência de estarmos contactáveis por um incontornável número de planetas susceptíveis de albergarem vida inteligente. E isso, a mim, excita-me as poucas famílias de neurónios que sobreviveram ao GCN MCMXCIX (Grande Colapso Neuronal de 1999).

plantado por Badalo @ 18:46 |

Considerações Esparsas 

 

Sem dúvida que não posso deixar de louvar o carinho com que pacientemente o nosso público sente a falta dos cronistas deste periódico. É claro que também nós temos um compromisso para com os fiéis leitores. Acontece que depois da Assembleia Magna assolou-nos um surto de febre tifóide e fomos forçados a passar uns dias no abrigo nuclear, na subcave da pocilga, até que as coisas amainassem. Decerto será compreensível.
Desta forma, e enquanto ainda se reorganizam os postos de trabalho e a vida volta ao normal nesta Redacção, aqui ficam algumas considerações esparsas:
1. - Estou em fase de investigação de uma novíssima tese que visa demonstrar inexoravelmente que uma certa facção de ditos populares não passam de boatos e são totalmente desprovidos de fundamento, quem sabe se objectos de desinformação introduzidos na nossa sociedade pelos tais alienígenas que preparam a invasão final ao nosso planeta após aspergirem na atmosfera a tal substância secreta que nos tolda as ideias, nos torna indolentes e com propensão para o venha-a-mim. Exemplos? "Quem está mal, muda-se". Ora isto é absurdo. E felizmente o nosso ordenamento jurídico não responde da mesma forma. Imaginemo-nos como proprietários e residentes do Vaux Le Viconte e de repente um acampamento de ciganos muda-se para o nosso jardim da frente. É de supor que quem fique mal não seja o acampamento, mas... deveremos ser nós a mudar-nos? Outro grande disparate que corre de boca em boca, escudado pela sua autoria anónimo-popular é a máxima: "Quem diz a verdade não merece castigo". Ora isto está mal. Felizmente o nosso código penal (como a maioria dos demais) considera justamente a acção de dizer a verdade (corporizada naturalmente na confissão da prática de acto ilícito criminal) como merecedora de uma atenuação especial mas nunca como perdão ou isenção de castigo. Era o que faltava!
2. - Ainda a propósito de uma informação veículada no post anterior, e respondendo a uma massa considerável de correspondência pedindo esclarecimentos sobre o grupo de jovens graffiters com os quais iremos firmar protocolos de actuação, devemos esclarecer que, nas palavras do seu cabecilha - que pediu anonimato antes de concluídas as negociações: «As pessoas vão aderir ao que fazemos. Queremos provar que não somos apenas uns vândalos de spray em punho. Somos artistas e com uma preocupação urbanística profunda e não será desprezada a nossa feição de cariz social, já que normalmente só fazemos o nosso trabalho em edifícios a precisar de restauro e dessa forma compelimos os condomínios/proprietários a tapar as nossas mensagens com pinturas novinhas em folha. Somos bestiais.»
E é assim que se vai vivendo no campo.

plantado por Badalo @ 15:48 |

   
     setembro 14, 2004

Rentrée 

 


Esgotado o último período de férias, sempre o mais precioso por anteceder o reinício da temporada, cá estamos de volta. Por norma - e isto ainda não tinha sido divulgado - utilizamos esta semana que antecede a Assembleia Magna de Setembro para meditar e descansar a molécula, um pouco à semelhança de outros mundialmente conhecidos órgãos de soberania. De forma nenhuma os nossos corações deixaram de estar com os nossos fiéis leitores (com os infiéis também não, mas com menos bom-grado) embora esta altura, já ultrapassada, seja de facto uma época de recolhimento.

Como já se adiantou, ocorre em Setembro a Assembleia Magna na qual os desígnios da Quinta são definidos para a temporada que ora se enceta. As grandes linhas mestras, as directrizes fundamentais, a estrutura basilar do funcionamento do nosso canto rural, tudo isso é esmiuçado em conjunto com todos os animais, sob a batuta da Vaca Louca.

Seria por demais penoso reproduzir na íntegra o teor das actas desta Assembleia Magna, já encerrada, pelo que iremos publicar alguns excertos, que seguem:

«Serão assinados diversos protocolos comerciais, designadamente com a marca 'Mentos', a qual tem já utilizado as instalações desta Quinta, bem como alguns dos seus elementos para castings nos spots televisivos, estreitando-se a relação de mecenato com esta empresa de pastilhas refrescantes; um mínimo de 65% da receita assim gerada será canalizado para as viagens da Vaca Louca à Índia. Um outro protocolo comercial será redigido e apresentado a um grupo de jovens graffiters empenhados em gerar obras mais ou menos compulsivas em edifícios carentes de um impulso do respectivo condomínio; esta Quinta deverá beneficiar de pinturas grátis da cerca durante dois anos.»

«Deverá ser adquirido novo equipamento informático para dotar a Redacção do periódico electrónico com os meios bastantes de molde a evitar-se que os redactores Vaca Louca e Badalo se vejam na impossibilidade de desenvolverem o seu trabalho de cronistas; tal equipamento deverá ser encomendado directamente à NASA.»

plantado por Badalo @ 11:18 |

   
     setembro 03, 2004

Refrões Profundos - Traduções Espantosas 

 

O grande, o enorme, o magnífico Jim Diamond - o próprio nome é uma gema! - ofereceu-nos (há duas décadas atrás) um virtuoso trabalho cujo mérito maior foi ter permanecido a reverberar nos tímpanos dos incautos ouvintes por largas semanas. Há estudos que provam que o post-traumatic stress disorder tem duas causas fundamentais: a guerra do Vietname e "Quem Não Chora Não Bebe", êxito deste cançonetista canadiano.

Quem tem vindo a seguir esta rúbrica sabe que nos temos modernizado nunca perdendo de vista o conceito original. No entanto, é num assomo de arrojo que desta vez suprimimos totalmente a letra original. E, aliás, a própria tradução deixa de ser para o português. Deixámo-nos bafejar pela inspiração neo-dadaísta para apresentar o texto por assim dizer traduzido e afastámos o escrito original de Jim Diamond, já que no fundo tem pouco interesse: resume-se a um tipo a lamuriar-se por ter feito asneirola com a namorada.

É, pois, com o orgulho do costume que divulgamos o convite para que se visite a página multimédia onde esta pérola se encontra alojada. Ah! E desta vez usámos uma imagem de fundo, com uma função bem definida: servir de contra-enjôo - na medida do que nos foi possível.

Basta respirar fundo e clicar aqui.

plantado por Badalo @ 17:32 |

   
     setembro 01, 2004

A Verdadeira História de Prometeu 

 

O titã aguenta, estóico Diz o mito que Prometeu criou os homens (apesar do ilustre Hesíodo não o corroborar). Mas é pacífico que este titã, cujo nome significa o previdente, aquele que vê antes, foi um verdadeiro filantropo. Hesíodo, o poeta responsável pela maioria dos fragmentos de mitologia que perpassaram até à modernidade, narra que Prometeu ajudou os homens enganando o déspota Zeus (seu primo), o rei do Olimpo. Primeiro deu-lhe a banhada com uma divisão de um boi em que, depois das jigajogas, os homens ficaram com a carne e as peles e ao Olimpo calhou o esqueleto e o resto do que não presta no animal. E, como Zeus ficasse zangado com esta artimanha, puniu os homens privando-os do fogo, ou seja, esvaziando suas mentes, tornando-os estúpidos. Mas o titã não se ficou por ali. Resolveu roubar uma centelha do fogo celeste, símbolo da inteligência, e devolveu-a à humanidade. Ora isto enfureceu o deus dos deuses de tal forma que resolveu punir Prometeu exemplarmente. Atado a uma coluna por correntes, todos os dias uma águia viria comer-lhe o fígado (!!) que voltava a crescer durante a noite, para no dia seguinte o processo se repetir, ad nauseam.

Bom, mas como já se disse, isto é apenas a versão do poeta Hesíodo que consta em Trabalhos e em Teogonia. Mas nós fomos investigar esta história de forma mais profunda a fim de desvendar toda a verdade. Ao fim de várias dezenas de entrevistas com testemunhas oculares apurámos que na verdade o problema foi outro. Zeus vivia obcecado com a supremacia e naturalmente punha todo o poder ao serviço da sua lascívia. É conhecido o número brutal de deusas e mulheres com quem casou mas não tão famoso o seu desejo de ficar com todas elas, pelo menos as mais giras. E é aí que a porca começa a torcer o rabo para o lado do bonzão Prometeu. O titã, que ía três vezes por semana ao ginásio levantar pesos e tomava pílulas de alho, cuidava da sua imagem e apresentava-se muito bem apessoado nos bailes de gala do Olimpo. Quando Zeus disto se apercebeu, castigou-o da forma acima descrita, mantendo o belo titã longe das potenciais vítimas, digo, deusas giras do Olimpo.

plantado por Badalo @ 11:54 |

   
     


 

O Parzito
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