| I. Lacónica Introdução
Infelizmente não disponho de provas, o leitor terá de acreditar na minha palavra quando digo que não, que não foi o desafio lançado por Nuno Markl no seu programa diário da SIC Radical que me trouxe hoje aqui para expôr esta teoria. Há muitos anos que a venho formulando mentalmente, e, pese embora o facto de ainda não a ter dado por concluída, decidi-me a partilhá-lha pois daí podem colher-se vantagens: desde logo, caso o leitor queira contribuir, será um acumular de massa cinzenta, uma conjugação de esforços para deslindarmos este caso; por outro lado, a publicação destes pensamentos podem servir de alerta profiláctico.
II. Enunciado Contextualizado
Está ao alcance da vista de todos, e fora já previsto pelos principais profetas: o mundo está de pernas para o ar. Virado do avesso. Já nem vou falar da cobardia, do medo, da insegurança, das carências de todo o tipo, da solidão tremenda e do desvario geral das pessoas deste mundo, que galopam em escalada. Não. Vou pedir ao leitor que tome em conta tão-só a crescente indolência que se vai apoderando de cada um de nós. É um sintoma físico, é fácil descortiná-lo. Andamos cada vez mais, e constantemente, stressados, extenuados, com os bofes a deitar pela boca. Aliás, uma palavra para um grupo importante (por significativo, ou influente) de pessoas por esse mundo fora que, para obviar a tal crescente depauperação na resistência física e intelectual já encetaram estratégias de combate a este flagelo, e falo aqui do grupo dos espertalhaços que já descobriram que com meia dúzia de pisões no próximo e trafulhices q. b. conseguem aliviar-se o suficiente para sentirem que vale a pena viver a vida. Adiante, até por que não queremos dispersar-nos.
Estou em crer que, indo muito directamente à questão, esta nossa ânsia constante pelos feriados e períodos de descanso, e, consequentemente, pelos luxos disponíveis, se deve a um estratagema de preparação de invasão do nosso planeta perpetrado por entidades alienígenas. Desconheço, obviamente, e para já, qual a espécie em concreto que assim prepara a nossa ruína, e também o método em concreto utilizado. As minhas investigações deixaram-me concluir que com quase toda a probabilidade uma substância totalmente desconhecida na terra, indetectável, estará a ser espargida na nossa atmosfera, no ar que diariamente respiramos, com o intuito de nos tornar indolentes (com efeitos que se desdobram a partir daí) de forma a facilitar a invasão final, com um mínimo de esforço.
III. Solução Experimental
Pensei recentemente em exilar-me, e a todo o curral, numa ilha paradisíaca do Pacífico ou do Índico, onde as floras locais atenuam de forma eficaz este veneno invisível que constantemente nos mina, para prosseguir os meus estudos até que se possa engendrar uma defesa contra esta ameaça. O tempo urge. E foi por isso que até já demos entrada de um pedido oficial de subsídio governamental para cumprir este desígnio. A bem da humanidade. E continuamos à espera de resposta.
plantado por Badalo @ 12:33 |
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