A Vaca Louca e Seu Badalo
A Louca Vida no Campo
     março 31, 2005

Considerações Esparsas 

 

É devido um pedido de desculpas por parte deste humilde redactor-editor aos Nossos Estimados Leitores (NEL). É uma questão de respeito. Têm ocorrido problemas de ordem diversa - que seria por demais fastidioso elencar - que redundam num forçado afastamento da actividade editorial plena, pelo que nos curvamos em vénia rogando a compreensão de V. Excelências.
Desejamos ardentemente podermos voltar ao ritmo habitual no que toca à presença neste espaço.

Para que não fiquemos apenas pelas desculpas, um poucochito de acção (as considerações esparsas propriamente ditas, pois então).

Sempre tive uma certa alergia ao acto de dizer coisas "porque sim", ou porque supostamente fica bem. Respostas de conveniência e tal. Quando me perguntam «Então, tudo bem?» e estou com humor de cão respondo imediatamente que «não» (também depende de se estamos a considerar um humor de perdigueiro ou um humor de chihuahua, completamente diferentes...) De qualquer forma, há uma comichão em particular que me é provocada pelo habitual «és servido(a)?» quando alguém se prepara para comer, sobretudo do prato à sua frente, e aparece alguém que irá ou não servir-se do seu próprio. Nunca compreendi. Em primeiro lugar, eu quando levo almoço não vou a contar com mais quem quer que seja, e portanto não pergunto a viv'alma se é servida. Era o que faltava! Em segundo lugar, por que cargas d'água quereria eu ou alguém, nessas circunstâncias, entenda-se, servir-se da refeição no prato de outrém? Apre!

O acto de editar num blog tem o seu quê de interessante. Fundamentalmente, estou em crer, esse interesse particular, quando em comparação com as outras formas editoriais ou de expressão, reside precisamente na sua caracterização híbrida no que toca à natureza intrinsecamente normativa. Eu explico: se por um lado apresenta todas as vantagens de ser uma actividade totalmente particularizada, individual (mesmo quando existam vários autores), gratuita e de plena liberdade de expressão, por outro, acaba por, fruto da normatividade ética - por assim dizer -, aderir a uma necessidade que tem qualquer coisa de institucional ou até mesmo comercial. Daí as preocupações com o público (visitantes, mais ou menos habituais), que merece que as suas expectativas sejam respeitadas. Infelizmente não tenho oportunidade de explicar-me melhor por ora.

Só para terminar, hoje é o aniversário da minha Pombura, a Elevada Alteza Suave Sua Excelência a Vaca Louca, a quem homenageio. Quero manifestar aqui a minha saudade de lê-la por cá e vou redobrar esforços para não morrer de angústia por ela não ter tido oportunidades de nos brindar com os seus postes, ultimamente.

plantado por Badalo @ 12:44 |

   
     março 23, 2005

Provérbios Bucólicos 

 

«Porquinho que amealha não tem rabo de palha»

Clay Bennett © 2004

plantado por Badalo @ 21:18 |

   
     março 22, 2005

O Joguinho (Parte I) 

 

Fulanon aproximou-se dos degraus em pedra onde Sicranedes, sentado, rabiscava num pedaço de papel.



Fulanon - Ora aqui está um dia perfeito para arejar um pouco dos pensamentos mais cansativos...
Sicranedes (levantando o olhar, em direcção a Fulanon) - Compadre Fulanon! Como passardes?
Fulanon - Muito bem, amigo Sicranedes, muito bem... (espreitando) Que estais fazendo?
Sicranedes - Nada de grande monta. Resolvia estas palavras cruzadas... São temáticas, sabíeis? Tenho um amigo que é primo de Anaximandro, de Mileto, o qual me constrói estes pequenos enigmas que tanto me apraz resolver...
Fulanon - Por Apolo, quão afortunado sois! Mas... acabo de lembrar-me! Tenho o passatempo ideal para nós! Estaríeis interessado num joguinho?
Sicranedes (pousando as palavras cruzadas) - Que tipo de joguinho? Bem sabeis que sou um tanto desastrado nas funções motoras...
Fulanon - Nada temeis! É de uma simplicidade quase infantil e totalmente oral! Exige-se apenas velocidade de raciocínio e oportunidade conceitual. Começa um de nós, dizendo uma palavra. O outro, tão imediatamente quanto possa, terá de dizer outra palavra cujo conceito se relacione com o anterior, e por aí diante.
Sicranedes - É só isso?
Fulanon - É muito engraçado! Eu tinha dito que era simples...
Sicranedes (encolhendo os ombros) - Dizei a primeira palavra, nesse caso.
Fulanon (pensando) - Hmmm...
Sicranedes - Dois!
Fulanon - Hã?
Sicranedes - Perdão mas não consigo descortinar a relação entre "hã" e "dois". Zero a Um.
Fulanon - Mas...!
Sicranedes - Calmex, que agora é a minha vez de começar! Telescópio!
Fulanon (indignado) - Hei, isso é batotice! O telescópio ainda não foi inventado!
Sicranedes (assentindo) - Então... Podem usar-se expressões compostas?
Fulanon - Porque não?
Sicranedes - Declínio da sociedade conjugal!
Fulanon - Capitalismo!
Sicranedes - Falta! Não há relação entre o capitalismo e o declínio da sociedade conjugal!
Fulanon - Ai isso é que há!
Sicranedes - Ai não há, não há!!
Fulanon - Ai isso é que há! Um a um!

(continua)

plantado por Badalo @ 18:07 |

   
     março 20, 2005

Sem Comentários 

 

Clay Bennett © 2004

plantado por Badalo @ 11:57 |

   
     março 18, 2005

Correio de Leitores 

 

Mais uma encantadora missiva deu entrada nas nossas caixas de correspondência. Desta vez o remetente - instituição de alto gabarito - apelou ao nosso mais profundo sentimento de solidariedade pró-animal, valor de que, reconhecidamente, nos imbuímos.
E dizia assim:

«Sub-Departamento de Columbofilia da
Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de
Bardalajeira da Serra

Mui Elevada Alteza Suave
Sua Excelência Vaca Louca
e seu Amanuense
Meramente Abadalado(*)

Escrevemos esta carta por sabermos encontrar em V. Excelência um autêntico baluarte da defesa dos mais desfavorecidos, mormente no que tange a indivíduos desprovidos de racionalidade - pertencentes ao Reino Animal.
O problema que ora nos assola tem-nos merecido várias reuniões em Plenário de Sócios mas não lográmos ainda - oh, infortúnio! - encontrar a miraculosa solução que urge oferecer ao caso. Passamos a expô-lo:
Dois dos nossos três pombos-correio desde há semanas atrás e sem que nada o deixasse prever, e, bem assim, sem qualquer explicação aparente, decidiram ignorar por completo o terceiro elemento da equipa, piando apenas um para o outro, penteando-se reciprocamente as plumagens, até, em segregação completa dessoutro, o que acabou por provocar uma natural depressão no preterido.
Nesse âmbito, o proscrito passou a sentir náuseas durante o vôo, embatendo amiúde nas esquinas dos prédios - sobretudo os de quatro andares ou possuidores de águas-furtadas, (curiosamente, não fora o trágico da questão) - o que tem motivado visitas frequentes ao veterinário local. Acresce que contraiu uma dislexia postal, entregando perigosamente a sua anilha a destinatários não previstos.
Estamos muito preocupados com esta situação e rogamos a V. Excelência se digne oferecer os seus melhores préstimos no sentido de obviar a esta calamidade.

Atentamente e ao dispor
somos
(data e assinatura)»

Caríssimos senhores do Sub-Departamento coiso e tal,
Aproveito a oportunidade para dirigir os meus mais sinceros cumprimentos pela elegância do timbre do vosso papel de carta. Para além disso, como se pode verificar, a vossa missiva foi publicada na íntegra e devido ao facto de ainda estarmos em arranjos compulsivos motivados pelo ácaro de que fomos hospedeiros há bem pouco tempo, vou deixar ao cuidado dos NEL o oferecimento de soluções para a tragédia que se abateu nos vossos serviços postais aerotransportados.

_______

(*) Vide Correio de Leitores, de 03 de Março

plantado por Badalo @ 12:59 |

   
     março 15, 2005

Considerações Esparsas 

 

Há dias em que a bílis se me sobe ao cérebro e fico a ver tudo azul. Poder-se-ía pensar que, nesse caso, a vista deveria turvar-se em tons sépia, mas não: é em tonalidades azuladas, mesmo, devido a um fenómeno espectral que não vou explicar nesta sede - isto é uma mera consideração esparsa e não um doutoramento.
De qualquer forma, hoje não é um desses dias.

Evoca-se aqui, e na esteira da consideração esparsa imediatamente anterior, um provérbio mais antigo que o acto de evacuar acocorado: «Há manhãs em que um tipo à tarde não devia sair à noite». Grau de relevância: ainda zero, mas é pior vazarem-nos um olho por causa dum rótulo mal posto numa garrafa.

Desenganai-vos, todos aqueles que andam a dar voltas ao miolo para fazer gazeta (justificada) ao serviço e chegaram à conclusão de que podem alegar nojo pelos colegas, pelo patrão ou pelas instalações do posto de trabalho. Trata-se de faltas por nôjo (por morte, enfim, chamemos os nomes às coisas), e também não são aplicáveis ao nosso spiritu moribundo, e nem sequer ao canário. A Lei é muito clara nesse aspecto, por isso cuidado: nada de faltas justificadas pela morte do canário.

Aproveita-se o ensejo para se publicar o magnífico

Louvor n.º 1/2005

Aos Nossos Estimados Leitores - doravante designados por NEL - por se manterem fiéis pese a fraca cadência de publicação de postas de pescada, o que se deve sobretudo a um bicho maçador que se fez de convidado no nosso equipamento informático-editorial. Hip Hip: Hurra!

plantado por Badalo @ 12:31 |

   
     março 11, 2005

Pontapé no Tédio 

 



É assim a chamada post de pescada. Quando a inspiração vai sendo pouca e a disponibilidade quase nula aparece este tipo de alternativas à publicação duma imagem ao calhas.
Foi a pedido de várias famílias.

plantado por Badalo @ 22:23 |

   
     março 07, 2005

Novas Tendências - Verão 2005 

 

cagandatanga

Depois do Trikini (óculos, chapéu e sandálias), chega a nova loucura do Verão: a Tanga Havaiana!

plantado por Badalo @ 21:52 |

   
     março 03, 2005

Correio de Leitores 

 

É já consabida a elevada tonelagem da correspondência que os Nossos Estimados Leitores (NEL) nos dirigem diariamente. Desde os primórdios da existência deste cantinho electrónico que temos vindo a acumular sugestões, dúvidas e desabafos dos NEL mas só recentemente me dei à estafa de compilar uma parte dessa informação com o intuito de elaborar um ranking de sugestões que nos são dirigidas. Isto porque - acabei por reparar - algumas questões são levantadas para além do mero grau do que poderá ser considerado razoável.
Por exemplo, e antes de entrarmos no casco da lista propriamente dita, quem poderia supor que uma quantidade tão expressiva quanto a de sete mil quinhentas e oitenta e duas missivas (todas de remetentes diferentes!) recebidas na caixa de correio desta quinta começam por "Mui Digníssima e Elevada Alteza Suave Vaca Louca e seu Amanuense Abadalado"? Ou que cerca de trezentas e trinta mil (mais-coisa-menos-coisa) em alguma parte do texto fazem uma referência cruzada ao arroz tufado? Só em sugestões para a rúbrica "Receituário" já dispomos de várias centenas de milhares de modos de preparação de almôndegas de feijão feitas à base de um gratinado especial cuja viscosidade ainda não entendemos muito bem.
Mas enfim, isto são pormenores. Eis - em estreia absoluta - o rank oficial dos pedidos para postes nesta página electrónica:

1.º lugar: Qual a chave do Euromilhões da semana que vem?

2.º lugar: Nas investigações do Badalo sobre a substância alienígena que nos torna a todos paulatinamente indolentes existe alguma suspeita de que ela possa também estar por detrás desta época de sol radioso, que nos priva da melancolia do Inverno, com graves implicações psico-colectivas a longo prazo?

3.º lugar: Uma questão envolvendo a diferença entre um sistema de luzes estroboscópicas e outro de luzes psicadélicas pode ser fundamento de despedimento de um VJ (Video-Jockey) com justa causa?

4.º lugar: Qual o trajecto comercial mais curto para atravessar a baixa do Reino de Nenhures?

5.º lugar: Para quando as porcas semi-nuas?

Aos NEL uma palavra de esperança: todos os pedidos serão atendidos, a seu tempo.
TLÓING!

plantado por Badalo @ 21:17 |

   
     março 01, 2005

Timidez? 

 


- O senhor desculpe...
- Eu...?
- Gostei de si. Quer ser um cavalheiro?
- Cavalheiro...? Errr...
- Tenho frio. Empresta-me o seu casaco? Dar-lhe-ei uma flor... e talvez um beijo...
- Tenho medo de pessoas com asas...

plantado por Badalo @ 21:57 |

   
     


 

O Parzito
Ó Pra Nós

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