Há dias em que a bílis se me sobe ao cérebro e fico a ver tudo azul. Poder-se-ía pensar que, nesse caso, a vista deveria turvar-se em tons sépia, mas não: é em tonalidades azuladas, mesmo, devido a um fenómeno espectral que não vou explicar nesta sede - isto é uma mera consideração esparsa e não um doutoramento.
De qualquer forma, hoje não é um desses dias.
Evoca-se aqui, e na esteira da consideração esparsa imediatamente anterior, um provérbio mais antigo que o acto de evacuar acocorado: «Há manhãs em que um tipo à tarde não devia sair à noite». Grau de relevância: ainda zero, mas é pior vazarem-nos um olho por causa dum rótulo mal posto numa garrafa.
Desenganai-vos, todos aqueles que andam a dar voltas ao miolo para fazer gazeta (justificada) ao serviço e chegaram à conclusão de que podem alegar nojo pelos colegas, pelo patrão ou pelas instalações do posto de trabalho. Trata-se de faltas por nôjo (por morte, enfim, chamemos os nomes às coisas), e também não são aplicáveis ao nosso spiritu moribundo, e nem sequer ao canário. A Lei é muito clara nesse aspecto, por isso cuidado: nada de faltas justificadas pela morte do canário.
Aproveita-se o ensejo para se publicar o magnífico
Louvor n.º 1/2005
Aos Nossos Estimados Leitores - doravante designados por NEL - por se manterem fiéis pese a fraca cadência de publicação de postas de pescada, o que se deve sobretudo a um bicho maçador que se fez de convidado no nosso equipamento informático-editorial. Hip Hip: Hurra!
plantado por Badalo @ 12:31 |