É devido um pedido de desculpas por parte deste humilde redactor-editor aos Nossos Estimados Leitores (NEL). É uma questão de respeito. Têm ocorrido problemas de ordem diversa - que seria por demais fastidioso elencar - que redundam num forçado afastamento da actividade editorial plena, pelo que nos curvamos em vénia rogando a compreensão de V. Excelências.
Desejamos ardentemente podermos voltar ao ritmo habitual no que toca à presença neste espaço.
Para que não fiquemos apenas pelas desculpas, um poucochito de acção (as considerações esparsas propriamente ditas, pois então).
Sempre tive uma certa alergia ao acto de dizer coisas "porque sim", ou porque supostamente fica bem. Respostas de conveniência e tal. Quando me perguntam «Então, tudo bem?» e estou com humor de cão respondo imediatamente que «não» (também depende de se estamos a considerar um humor de perdigueiro ou um humor de chihuahua, completamente diferentes...) De qualquer forma, há uma comichão em particular que me é provocada pelo habitual «és servido(a)?» quando alguém se prepara para comer, sobretudo do prato à sua frente, e aparece alguém que irá ou não servir-se do seu próprio. Nunca compreendi. Em primeiro lugar, eu quando levo almoço não vou a contar com mais quem quer que seja, e portanto não pergunto a viv'alma se é servida. Era o que faltava! Em segundo lugar, por que cargas d'água quereria eu ou alguém, nessas circunstâncias, entenda-se, servir-se da refeição no prato de outrém? Apre!
O acto de editar num blog tem o seu quê de interessante. Fundamentalmente, estou em crer, esse interesse particular, quando em comparação com as outras formas editoriais ou de expressão, reside precisamente na sua caracterização híbrida no que toca à natureza intrinsecamente normativa. Eu explico: se por um lado apresenta todas as vantagens de ser uma actividade totalmente particularizada, individual (mesmo quando existam vários autores), gratuita e de plena liberdade de expressão, por outro, acaba por, fruto da normatividade ética - por assim dizer -, aderir a uma necessidade que tem qualquer coisa de institucional ou até mesmo comercial. Daí as preocupações com o público (visitantes, mais ou menos habituais), que merece que as suas expectativas sejam respeitadas. Infelizmente não tenho oportunidade de explicar-me melhor por ora.
Só para terminar, hoje é o aniversário da minha Pombura, a Elevada Alteza Suave Sua Excelência a Vaca Louca, a quem homenageio. Quero manifestar aqui a minha saudade de lê-la por cá e vou redobrar esforços para não morrer de angústia por ela não ter tido oportunidades de nos brindar com os seus postes, ultimamente.
plantado por Badalo @ 12:44 |