We're B(l)ack!!!
| Aliás, seguindo a sugestão do título (pelo qual peço clemência aos puritanos, mas afinal de contas estamos de volta da Bifelândia...), we're back & black! Isto quer dizer que ao fim de duas semanas de merecido descanso voltámos à quinta bronzeados (tom mete-nojo) tonificados e cheios de enfeites e fitinhas novas. E... sabeis? Este espaço faz com que saiba bem estar de volta! Confessamos que ainda projectámos a publicação dum post 'cyber-cafeínico', mas estavam a pedir-nos consumo mínimo e a Vaca Louca tem uma dieta muito rigorosa, não pode beber essas porcarias que servem nesses antros de depravação estival.
Mas o que é de assinalar, agora que já espreitámos as bujardas que aqui foram sendo deixadas e as estatísticas das visitas, é que, a somar aos sorrisos que se rasgam nas nossas bronzeadas faces, ficámos a salivar com a fidelidade e o bom-gosto do nosso público, que inclusivamente nos proporcionou o record mais inesperado de que há memória: foi durante estas duas semanas a banhos no litoral sul que se registou o mais concorrido fim-de-semana de toda a história deste periódico electrónico! É de louvar! E agora, mui simplesmente: de regresso à Louca Vida no Campo. ;)
plantado por Badalo @ 17:29 |
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Estar-se Alma a Tragar Liberdade
| Durante umas das nossas célebres e mais recentes sessões de brainstorming tidas no celeiro houve alguém que teve a brilhante ideia de gravarmos numa placa um lembrete que nos ajudasse a afastar maus pensamentos quando o trabalho rural parece excessivo, e que tal placa fosse colocada em local visível da quinta, perto do portão de saída (que, curiosamente, é rigorosamente o mesmo que o portão de entrada) e de frente para o exterior. Deste modo, quem de nós queira doravante fazer a trouxa e dar às de Vila Diogo, ao dedicar um último olhar sobre o que irá deixar para trás, verá a placa com o lembrete.
A ideia foi apurada e depurada até que encontrámos um poeta português, de lirismo sublime, outrora deputado, até, que nos emprestou o discurso de despedida àquele que soçobrar perante o sonho da cidade, àquele que ruma à sofisticação urbana, para nós um mero e anónimo desertor (combinámos).
Não vale mesmo nada a pena pormo-nos a especular sobre o tamanho que a placa teria de ter para comportar os versos que infra transcrevemos, pois nesta quinta já se sabe, acontece toda a casta de fenómenos dos mais raros que há e portanto não vale a pena estarmos a complicar.
«Estes Sítios!»
Olha bem estes sítios queridos,
Vê-os bem neste olhar derradeiro...
Ai! o negro dos montes erguidos,
Ai! o verde do triste pinheiro!
Que saudades que deles teremos...
Que saudade; ai, amor, que saudade!
Pois não sentes, neste ar que bebemos,
No acre cheiro da agreste ramagem,
Estar-se alma a tragar liberdade
E a crescer de inocência e vigor!
Oh! aqui, aqui só se engrinalda
Da pureza da rosa selvagem,
E contente aqui só vive Amor.
O ar queimado das salas lhe escalda
De suas asas o níveo candor,
E na frente arrugada lhe cresta
A inocência infantil do pudor.
E oh! deixar tais delícias como esta!
E trocar este céu de ventura
Pelo inferno da escrava cidade!
Vender alma e razão à impostura,
Ir saudar a mentira em sua corte,
Ajoelhar em seu trono à vaidade,
Ter de rir nas angústias da morte,
Chamar vida ao terror da verdade...
Ai! não, não... nossa vida acabou,
Nossa vida aqui toda ficou.
Diz-lhe adeus neste olhar derradeiro,
Diz à sombra dos montes erguidos,
Di-lo ao verde do triste pinheiro,
Di-lo a todos os sítios queridos
Desta rude, feroz soledade,
Paraíso onde livres vivemos...
Oh! saudades que dele teremos,
Que saudade! ai, amor, que saudade!
(Almeida Garrett)
plantado por Badalo @ 19:57 |
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Census da Semana
| ...ou Census das Semanas, com maior propriedade, desde que subtilmente alterámos a calendarização desta rúbrica.
Desta vez temos o orgulho de contar com um ilustre comentador de resultados, fruto de enormes pressões que têm vindo a ser desenvolvidas desde que se realizou um estudo tri-semanal sobre o perfil do nosso leitor-votante. Sim, é verdade: Sigmund Freud, que dispensa apresentações, conseguiu finalmente integrar-se nos nossos quadros e faz as honras da análise do resultado da sondagem que ora finda.
Badalo - Olá, Sig... Antes de mais, bem-vindo a bordo. Olha... Tomaremos como ponto de partida o cerne desta urna... Avaliamos os mais profundos desejos das pessoas...
Freud - Profundíssimos, sem dúvida!
Badalo - É! E reparaste que temos 13% de aristotélicos? (mais consciência)
Freud - Que disparate!
Badalo - Desculpa?!
Freud - O sexo ganhou, naturalmente. Ao menos sabemos que as pessoas respondem com sinceridade. É salutar.
Badalo - Não foi o sexo que ganhou, foi o dinheiro...
Freud - Isso é ridículo!
Badalo - Mas...?!
Freud - Olha bem para os resultados. 21%, sexo puro e duro; Amor, mais 19%. Amor é sexo eufemizado, já se sabe. Estás a fazer as contas? Vamos em 40%. Soma-lhe a saúde (9%) e temos quase uma maioria absoluta...
Badalo - A saúde?!?
Freud - Claro! Mais saúde para poder ter mais sexo. Nada de mais. Aliás! Mais dinheiro para ter mais poder e ter maior e melhor acesso ao...
Badalo (interrompendo) - ...sexo, sim, já percebi.
Freud - Óptimo.
Badalo (encolhendo os ombros) - E os bolos?
Freud - São os galhofeiros. Também existem. Não resistiram à expressão «eu é mais bolos» (rindo)
Badalo - Mas então podemos concluir que os nossos leitores-votantes não têm a actividade sexual que desejariam? Seria muito deselegante publicar matéria dessa tonalidade...
Freud - Podemos, claro, mas nada há de deselegante. Se há coisa que as pessoas sempre terão menos do que as suas pulsões o exigem, será a actividade sexual...
Badalo - Mas a maioria quer mais dinheiro!
Freud - Cala-te, pá! Já te expliquei que é um subterfúgio!
Badalo - Tens mesmo a certeza?
Freud - "TLÓING" é o teu grito de guerra?
Badalo - Touché!
Freud - Gesundheit!
plantado por Badalo @ 20:16 |
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Parabéns à Grécia!
|  Creio que o mais importante será sabermos perder a única coisa que nos faltava ganhar, já que estamos de parabéns em tudo o resto. E este resto não é nada de deitar fora.
Batemo-nos bem, fizemos a vida negra ao campeão europeu, uma equipa que mostrou ser a melhor, com um futebol muito sólido e eficaz. Lembro as palavras de um adepto grego que vi e ouvi na televisão: «Os gregos não são os melhores futebolistas que existem, mas têm um grande coração e é por isso que vamos ganhar.» E depois de terem despachado o ex-campeão e a favorita República Checa, mereceram inteiramente o título com um jogo irrepreensível contra uma selecção tão brilhante quanto a nossa. Todos estamos de parabéns, por termos organizado, competido e participado nesta onda tão positiva e gratificante, reveladora da nossa grandeza. Sejamos grandes também no desportivismo e sintamos a alegria de partilhar com o povo europeu este nosso enorme feito.
plantado por Badalo @ 21:56 |
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Ars Bovinae
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plantado por Badalo @ 23:47 |
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