Por vezes ponho-me a pensar que já por demasiadas vezes ouvi alguém afastar liminarmente a possibilidade de não estarmos sós no Universo. Não faria sentido, enfim. Talvez seja fruto de uma interpretação literal das Escrituras, que nos falam, por exemplo, de um Adão e de uma Eva, que nasceu de uma costela daquele. Talvez seja apenas uma questão de conforto, por um lado porque afasta potenciais ameaças da nossa existência física, espacio-temporal, e por outro porque nos escusa a reformular toda a interpretação daqueles textos sagrados. Ou pura e simplesmente por ser mais esperto nos mostrarmos mais seguros por menor seja a nossa credulidade. E, eventualmente, pelas histórias e "factos" apresentados ao longo da nossa História de visitas de seres extra-terrestres se revestirem de uma aura de logro e aproveitamento dessa mesma credulidade.
É, portanto, aos mais cépticos que venho hoje propor um desafio. Para os que não conhecem, eis a
Equação de Drake. É interessante, de simples utilização, e pareceu-nos ser rigorosa o suficiente para colocar uma questão pertinente a quem tem tantas certezas. E lembro só que me parece fácil demais ter muitas certezas sobre algo que não se conhece bem, ou de todo.
A
Equação de Drake,
grosso modo, pretende alertar para as possibilidades efectiva e realmente observáveis pela ciência de estarmos
contactáveis por um incontornável número de planetas susceptíveis de albergarem vida inteligente. E isso, a mim, excita-me as poucas famílias de neurónios que sobreviveram ao GCN MCMXCIX (Grande Colapso Neuronal de 1999).
plantado por Badalo @ 18:46 |