Jeco, o nosso burrico contabilista - o tal que
desaparecera sem deixar rasto e que motivou um pedido de socorro com oferecimento de alvíssaras - voltou connosco para a Quinta, já que afinal fora a primeira vítima daqueles malditos coisos do outro mundo que nos levaram, a mim e à
Pombura, este tempo todo, e foi agora devolvido à liberdade através da arrojada acção de fuga empreendida.
Pelas sevícias que sofremos, na primeira ocasião em que cá na Quinta com ele me cruzei nem dei atenção ao seu semblante comprometido e cabisbaixo, como se quisesse evitar o encontro dos nossos olhares. Mas à terceira vez achei exagerado e interpelei-o. "Que se passa, e tal?" e coisas assim. Gaguejou tanto, tremelicou de tal forma, que me subiu a mostarda às vias nasais e apertei com ele. Desbroncou-se todo ao fim de um pedaço.
Então não é que o seu ar de comprometido se devia ao facto de ter tido conhecimento, por vias não apuradas, do teor de um determinado comunicado da Redacção desta Quinta Electrónica que estará para ser formalmente emitido e que me será notificado a breve trecho? E será de aceitar que tal memorando contém um relatório exaustivo sobre a estatística retirada dos vários contadores de visitas que registam os acessos a esta página, com uma espantosa conclusão, a saber: que durante as dez semanas em que os cronistas estiveram ausentes e impossibilitados de publicar, a média de visitas diárias nunca baixou dos setenta e que, mal se retomou a normal actividade editorial, essa média conheceu uma queda dramática para valores próximos dos cerca de sessenta e tais, certinhos? E que, por uma questão de lógica, a Redacção viu-se na contingência de ter de encomendar um orçamento a um grupo de moldavos da desconstrução civil no sentido de apurar se será contabilisticamente suportável contratá-los para nos darem um sumiço durante mais umas semanas, com o objectivo de retomar a alta de visitas??
Acho que vou ali convocar uma reunião com o que sobrou das galikazes...
plantado por Badalo @ 20:45 |