Apenas os leitores mais
antigos deste periódico e-lectrónico estarão recordados desta rúbrica. Foi, aliás, uma das nossas primeiras entradas que homenageou o casal Aragorn / Arwen (pode ser conferida clicando
aqui, mas infelizmente já sem o precioso tradutor, que entrementes saíu da
web). Apresentámos também o espantoso
Homem-Aranha. Mas desta vez, num dos já habituais assomos de coragem editorial, desbravamos novos terrenos homenageando, desta vez, não uma personagem de ficção (nem duas, no caso do casal), mas uma pessoa de carne e osso. Viva e cheia de sucesso.
Não sei se existe uma fórmula pacífica que nos permita aferir a pessoa com maior índice de sucesso em determinado campo ou matéria; o que sei é que sem pudores vou afirmá-lo aqui, preto no branco: o melhor humorista que temos na actualidade chama-se Nuno Markl. Não sei se por se tratar de um espécimen proveniente de uma das melhores - quem sabe se não mesmo a melhor - casta do Séc. XX (fala-se do ano de 1971 - um dos fabulosos anos do Porco, ou Javali, como se preferir) ou se pura e simplesmente é obra dos já costumeiros extraterrestres que se divertem a fazer de nós joguetes... Nem me interessa. Este simpático e engraçado rapaz é o exemplo vivo do sucesso devido à sua colocada voz radiofónica, à sua prodigiosa capacidade para descrever com graça o quotidiano, à sua imaginação que parece estar longe de conhecer o seu próprio limite, e, last but not least, à (in)felicidade de ter passado por toda a espécie de acontecimentos típicos de um totó, mas conservando sempre a preciosa capacidade de rir-se dele próprio. Nuno Markl está em grande e tem mesmo muita graça. Numa palavra: talento. E faz-nos rir, o que sempre nos interessará neste mundo insano.
Não é que lhe conheça particularmente bem a obra: reparei nele quando nos narrava as mirabolantes conspirações na SIC Radical e hoje em dia sigo com regularidade as crónicas de Há Vida em Markl no FM estéreo da Antena 3 (100,3 Mhz - pelas 08h23m, mais coisa, menos coisa). Há uns tempos atrás linkámos-lhe o blog, esse estupendo template de Patrícia Furtado (que pode ser encontrado ali na barra da direita, sob o item Fontes de Lazer) de generoso conteúdo que brota do talento, repito-o, deste estupendo Autor. Aconselhamos vivamente uma viagem minuciosa pelo dito.
Por esta altura estará certamente o NEL (Nosso Estimado Leitor) a interrogar-se (carregadinho de oportunidade, diga-se!) afinal de contas, e tomando em consideração o título deste singelo post, afinal onde está o tau-tau? E, mais importante ainda, por quê o tau-tau?
Ora bem, isso explica-se. Então não é que assim, de abanão, o Markl resolveu trilhar por terrenos pantanosos? É que isto assim não pode ser! Parece impossível! Como se não lhe bastasse ter
caçoado com um fetiche perfeitamente legítimo e sobre o qual já aqui havíamos feito soar um
lamiré (desgraçadamente também o pezinho da "karina" desapareceu da
web), veio agora, e apenas no lapso de cerca de uma semana,
colocar nos píncaros um filme como "Virgem aos 40" e
enxovalhar o
eXistenZ e o
Spider, do David Cronenberg?!? Apre!! Balha-me Deu-je, eu... palavra d'honra... é que francamente...!
«O estilo Cronenberg brilha mais quando está no meio de algo mais convencional. Deixado à solta, o realizador devora-se a ele próprio e, muitas vezes, perde força. É uma opinião muito pessoal.»
Pronto, 'tá bem ó Markl. Leva lá a bicicleta! TLÓING!
plantado por Badalo @ 19:46 |